DICIONÁRIO MINEIRÊS
Existem variações na língua portuguesa, de acordo com as regiões de todo o país. Em Minas Gerais, os mineiros (moradores desta região) possuem seu próprio “dicionário”. Agora nos perguntamos: como assim? Eles possuem suas expressões próprias e modificam palavras de acordo com seu sotaque.
Uma das expressões bastante utilizada pelos mineiros é “Uai”, não sabemos muito bem a definição desta expressão, mas sabemos que eles a usam muito em qualquer situação e alguns dizem que é a frase filosófica dos mineiros. Eles utilizam a palavra “trem” para definir qualquer coisa. ”Sô” é uma famosa expressão a qual eles terminam varias frases para dar um “tempero especial”, ou melhor, um toque mineiro. Também trocam alguns verbos com o mesmo sentido, por exemplo, “olha” em São Paulo é mais conhecido como “espia só” em Minas. “Nó” é a expressão usada para mostrar surpresa (“Nossa Senhora!” falando do modo paulista).
Eles simplificam as palavras para que elas fiquem mais curtas; por exemplo: cocê (com você), procê (para você), ocê (você), nimin (em mim), nocê (em você), niqui (no momento em que), e também alguns verbos (andano (andando), correno (correndo), pixonei (apaixonei) e etc).
“Tem base” é uma expressão que quer dizer se tem algo a ver, por exemplo, “Essa frase não tem base alguma, sô!”, quer dizer “ Essa frase não faz sentido algum!”. A palavra “custoso” quer dizer “difícil”, uma pessoa muito custosa é uma pessoa muito difícil. Quando alguém não quer algo ela puxa o “nem” para o i pronunciando “neiin”.
A maioria das palavras são pronunciadas no diminutivo porém todas terminadas de ser pronunciadas na letra N, exemplos: Queijin (queijinho), cafezin (cafézinho), biscoitin (biscoitinho), bolin (bolinho), também outras palavras como pertin (pertinho), jeitin (jeitinho), etc.
Diferente de todos os outros dicionários, o mineirês tem seu próprio jeitin procê vê, sô!