Diarreia
As diarreias podem ser classificadas em dois tipos: aguda, que é quando ela dura menos do que 14 dias; e crônica, quando tem duração maior do que 14 dias.
A diarreia aguda é uma doença de evolução autolimitada, ou seja, tem a tendência de ser resolvida pelo próprio organismo, com duração inferior ou igual a 14 dias.
Corresponde a 16% dos atendimentos nas emergências pediátricas, e a 9% das internações em menores de 5 anos.
A causa mais comum de diarreia aguda são as infecções, sendo que 74% delas são causadas por vírus, 20% por bactérias e 6% por parasitas.
O Rotavírus é o agente mais comum, encontrado em qualquer idade, porém mais prevalente em menores de 5 anos, com maior frequência em crianças entre os 6 e os 24 meses. Sua transmissão ocorre predominantemente pelo contato pessoa a pessoa, mas também pode ocorrer por secreção respiratória e contatos com brinquedos ou superfícies contaminadas.
Toda criança menor de 1 ano, após desmame, que apresenta diarreia aguda, precedida de febre e vômitos, com fezes volumosas, sem sangue ou pus, deve ser considerada com diarreia por Rotavírus, até prova em contrário.
Exames em geral são desnecessários, porém o exame de fezes pode ser útil em casos de diarreia persistente.
O tratamento tem por objetivo principal avaliaro grau de desidratação e repor ou corrigir as perdas de líquidos. O soro de reidratação oral é o tratamento preferido para crianças com doença diarreica aguda.
Medicações não são recomendadas para uso de rotina.
A alimentação precoce reduz o volume das evacuações e a duração da diarreia. Deve-se, portanto, manter a alimentação.
A diarréia crônica inespecífica está restrita à faixa etária de 1 a 5 anos.
Podemos, portanto, definir o cólon irritável da criança como provável alteração funcional da motilidade intestinal