Diario Sociologia
Considerando que nunca fui boa cronologicamente, usarei “dias” para relatar meus fatos, descartando datas exatas.
Querido diário...
Dia 1
Começo meus relatos com um drama extremamente pessoal. Há mais ou menos dois meses atrás, após completar meus tão esperados dezoito anos, dei início a carteira de habilitação. Levando em consideração que sou do sexo feminino, e ainda por cima loira (“de farmácia”, confesso, mas ainda assim), o senhor já pode imaginar o número de piadinhas que ouvi desde então. “Mulher no volante, perigo constante.” “Loira no volante? Vou é passar longe” “E os postes de borracha, já colocaram?” entre outras. Sempre levei na brincadeira, mas pensando mais a fundo consigo ver claramente o sinal de machismo e preconceito imposto em tais frases. Não apenas dirigidas a essa situação, mas diariamente ouço (e outras loiras com certeza lhe relatarão o mesmo) engraçadinhos “tirando onda” em função de cor da cor de cabelo.
A realidade, retornando ao assunto inicial, é que ficando cinco minutos parado em uma avenida, o senhor conseguiria observar diversas barbaridades no trânsito. E sim, feitas por homens. A pose de “machos” não os livra de incidentes do tipo batidas, arranhões, desvios sem sinalização, xingamentos, fiascos, entre outros. A sociedade foi quem estabeleceu a visão de que homens dirigem melhor que mulheres, sendo eu prova viva de que mulheres dirigem bem sim, concluindo minha