A dialética é um método de argumento para resolver desacordos, que está presente, desde a antiguidade, na filosofia grega e indiana. O método dialético é um discurso entre duas ou mais pessoas, com diferentes pontos de vista sobre um determinado assunto, que desejam estabelecer a verdade da questão, guiados por seus respectivos argumentos. O objetivo do método dialético de raciocínio é a resolução do desacordo através da discussão racional, e, finalmente, a busca da verdade. Uma maneira de proceder é mostrar que uma dada hipótese leva a uma contradição, assim, forçando a retirada da hipótese como uma candidata a verdade. Outra resolução dialética de desacordo é negando um pressuposto da tese e antítese, e assim, proceder para a síntese de uma nova tese. O conceito de dialética ganhou nova vida com Georg Wilhelm Friedrich Hegel. A dialética de Hegel é baseada em quatro conceitos, que são: tudo é transitório e finito, existindo em meio ao tempo; tudo é composto de contradições (forças opostas); mudanças graduais levam à crise, pontos de inflexão, quando uma força supera a outra (mudança quantitativa leva à mudança qualitativa); a mudança é espiral, e não circular (negação da negação). Os três estágios da dialética de Hegel são: tese (inconsciente + unidade); antítese (consciente + separação); síntese (consciente + unidade). Note que, cada estágio da dialética de Hegel envolve dois conceitos, os dois conceitos da antítese são opostos aos dois conceitos da tese, a tese traz um conceito de cada um dos outros estágios, e a dialética mostra separação e retorno à união. A dialética de Hegel toma lugar na mente humana, no mundo imaterial das ideias. Já a dialética de Marx e Engels toma lugar no reino da matéria, no mundo material de produção e outras atividades econômicas. Matéria é o oposto da mente. Em primeiro lugar, Marx utiliza dois conceitos simples por estagio. Em segundo lugar, os dois conceitos antítese são os opostos, dos seus homólogos na tese. Em terceiro, a