Diagnóstico do perfil do profissional de engenharia
O empresário brasileiro Carlos Ghosn, que já atuou em grandes montadoras como Renault e Nissan acredita que o futuro empreendedor deve começar com os conhecimentos de engenharia, para que se tenha uma boa base para administrar o negócio. Segundo ele, é necessário que se tenha “cabeça de engenheiro” para lidar com as tecnologias quem vem sendo desenvolvidas. Há quem considere esse termo um elogio ao profissional capaz de enfrentar desafios de grande porte e encontrar soluções criativas para tal, mas há também aqueles que consideram um termo pejorativo, por conta de uma alta objetividade na analise das situações, desenvolvida por uma formação rica em cálculos e frieza de raciocínio.
O que se interessa nessa área deve estar apto não somente para desempenhar um papel de liderança, mas também para observar a realidade e ser capaz de visualizar os fenômenos e interpreta-los.
Segundo Afonso Fleury, a formação do engenheiro deve seguir o molde de um analista simbólico, enfatizando quatro aptidões: capacidade de abstração, raciocínio sistêmico, experimentação e colaboração. Para ele, é necessário formar dois perfis distintos de engenheiros: Engenheiros sistêmicos desenvolvimentistas e Engenheiros sistêmicos operacionais. O primeiro seria o que se concentra na geração de novos modelos administrativos, novos processos e capacitação tecnológica enquanto o segundo seria o que se concentra na gestão dos processos.
O engenheiro sistêmico operacional seria aquele que tem visão sistêmica dos processos e sistemas de operação, capaz de trabalhar com técnicas de processamento e tratamento numérico, capaz de dialogar com as empresas fornecedoras, hábil em trabalho em grupo e liderança, além de ser criativo.
O engenheiro sistêmico desenvolvimentista seria o que é capaz de transitar nas áreas do conhecimento comum, que tenha visão do processo tecnológico que ocorre dentro e fora da empresa, capaz de