Diagnóstico da educação sexual a partir do contexto familiar e escolar
RESUMO: O presente artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica sobre o desenvolvimento ou não da educação sexual por parte da família e da escola no processo de formação dos adolescentes. Os resultados demonstraram que tanto a família quanto a escola têm-se mantido omissas ao processo educativo que envolve a sexualidade dos adolescentes. Grandes partes das famílias ainda privam seus filhos da educação sexual, pelo valor negativo atribuído ao sexo, por acreditarem que os filhos não sejam seres sexuados e por considerarem que o diálogo antecipa a pratica do ato sexual. Nas escolas, a educação sexual não abarca as ansiedades dos adolescentes, esta se dá de forma limitada, aliada apenas aos aspectos biológicos e reprodutivos dos indivíduos, e negando assim, toda a amplitude prazerosa e benéfica que a mesma propicia.
PALAVRAS-CHAVES: Educação sexual, sexualidade, família, escola.
INTRODUÇÃO
A educação sexual é a parte do processo educativo voltado especificamente para atitudes referentes à maneira de viver a sexualidade. Ela possibilitará a promoção da felicidade, preparando o ser humano para usar de maneira responsável a sua liberdade, e assim, estar a serviço não só do indivíduo, mas também da sociedade (VITIELLO, 1997).
Ela deve ser trabalhada por familiares e professores, uma vez que estes são os responsáveis pela formação moral, intelectual e também sexual do indivíduo (VITIELLO, 1997). Os educadores, incluindo aqui os pais e os professores, através do seu relacionamento pessoal e profissional com os adolescentes, proporcionam a estes, estímulos que contribuem para a aquisição de novos comportamentos, possibilitando-os desenvolverem estratégias para seu viver em sociedade, em bem-estar biopsicossocial (CHAVES et al., 2004).
Entretanto, na prática esta educação sexual não ocorre. Isso se deve, em grande parte, à cultura da sociedade que reduz a sexualidade à sua função