Diagnostico precoce do câncer infantil
Nos Estados Unidos, no ano de 1998, foram diagnosticados cerca de 12.400 casos novos de câncer entre crianças e adolescentes menores de 20 anos, constituindo a primeira causa de óbito por doença em crianças maiores de um ano. Porém, ainda é uma doença incomum e o seu diagnóstico é freqüentemente retardado.
A taxa de incidência do câncer infantil tem crescido em torno de 1% ao ano. Este crescimento tem sido inversamente proporcional ao crescimento da taxa de mortalidade e estima-se que a taxa de cura global esteja em torno de 85%. Era esperado que, em 2010, um em cada 250 adultos seja um sobrevivente de câncer na infância.
No Brasil, o câncer já é a terceira causa de morte por doença entre um e 14 anos, e no município e Estado de São Paulo é a primeira causa de óbito entre 5 e 14 anos de idade, excluindo-se as causas externas.
A sobrevida de pacientes com câncer na infância no nosso meio está atingindo taxas semelhantes aos países desenvolvidos. O Grupo Brasileiro Cooperativo para Tratamento das Leucemias Linfáticas Agudas na Infância (GBTLI), iniciado em 1980, alcançou uma sobrevida livre de eventos em 6,5 anos, para todos os pacientes de 70%. Em linfoma não-Hodgkin no nosso meio a sobrevida livre de eventos está em 85% para os tumores ósseos (osteossarcomas) está em torno de 62% e nos tumores renais (tumor de Wilms) está em torno de 80%. Nos últimos anos temos observado uma melhora da sobrevida para todos os tipos de tumor com a formação de equipes multidisciplinares e grupos cooperativos no Brasil.
Sinais e sintomas
A posição do pediatra geral frente ao reconhecimento dos sinais e sintomas do câncer infantil é bastante difícil, visto que o mesmo deverá, em toda sua carreira, presenciar um ou dois casos de neoplasia maligna. Assim, o câncer não será a primeira hipótese considerada diante de queixas inespecíficas. Também não é raro que o pediatra tema alarmar a família com um diagnóstico incerto.
É freqüente que aos