Diabetis insipidus

INTRODUÇÃO

A diabetes insípidus (DI) é uma doença que se caracteriza por sede pronunciada e excreção de grandes quantidades de urina muito diluída. Esta diluição não diminui quando a ingestão de líquidos é reduzida. Isto denota a incapacidade renal de concentrar a urina. A DI é ocasionada pela deficiência do hormônio antidiurético (vasopressina) ou pela insensibilidade dos rins a este hormônio.
No Diabetes Insípidus Central ou Neurogênica o paciente tem déficit na produção de ADH (AVP), que é um antidiurético. DI caracteriza-ser por poliúria hipoosmolar e freqüentemente o paciente tem preferência por água gelada, a distribuição da diurese se dá igual no período de um dia, apresentando volumes diurnos e noturnos semelhantes.
No Diabetes Insípidus Nefrogênico (Insensibilidade Renal ao ADH) o quadro clínico assemelha-se ao Neurogênico, porém com diurese aumentada. Em crianças podem ocorrer hipernatremia, desidratação, baixo ganho pondero-estatural e febre de origem indeterminada. Desidratação e hipernatremia podem levar ao comprometimento do desenvolvimento neuropsicomotor e de atividades cognitivas. Um terceiro tipo, raro, de DI pode ser relatado durante gravidez, em conseqüência de uma rápida degradação da vasopressina pela vasopressinase, enzima produzida pela placenta.
De acordo com o distúrbio na produção de vasopressina ou na ação da mesma a DI pode ser dita como parcial ou completa. Em DI central parcial a capacidade de secreção do hormônio limita-se a 10-20% do normal, este distúrbio pode permanecer parcial ou evoluir para forma completa. Em termos quantitativos DI caracteriza-se por uma aumento do volume urinário acima de 50 ml/kg/24h, osmolalidade urinária menor que 300 mOsm/kg e densidade urinária baixa.
A polidipsia primária, caracterizada por ingestão excessiva de água, é outra importante causa de poliúria hipotônica; por levar a uma leve diminuição da osmolalidade plasmática e em conseqüência inibir a secreção de vasopressina.

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