Diabetes
Diabetes Mellitus é uma entidade patológica caracterizada por um distúrbio do metabolismo intermediário, especialmente no que tange aos carboidratos, levando ao aumento dos níveis séricos de glicose, a complicações metabólicas agudas potencialmente fatais, bem como a uma série de complicações crónicas multissistêmicas.
2. Metabolismo Intermediário Normal - Fisiologia
Metabolismo intermediário é um conjunto de reações bioquímicas responsáveis pela síntese e degradação das moléculas orgânicas, classificadas em três grupos básicos: proteínas, carboidratos (ou glicídios) e lipídios. As macromoléculas de maior significado metabólico são as proteínas, o glicogênio (do grupo dos carboidratos) e os triglicerídeos (do grupo dos lipídios). As proteínas formam os principais componentes estruturais das células, interstício (colágeno, elastina), bem como as enzimas, hormônios, citoquinas, imunoglobulinas e substâncias séricas de extremo valor fisiológico (ex.: albumina). O glicogênio e os triglicerídeos são macromoléculas de armazenamento energético. Podem ser metabolizadas, respectivamente, em glicose e ácidos graxos, pequenas moléculas que podem ser utilizadas para a produção de energia celular.
Chamamos genericamente de anabolismo as reações de síntese de macromoléculas. Estas são polímeros formados a partir de unidades moleculares: os aminoácidos (no caso das proteínas), a glicose (no caso do glicogênio) e os ácidos graxos e o glicerol (no caso dos triglicerídios). Denominamos catabolismo as reações de decomposição das macromoléculas em suas respectivas unidades moleculares.
A glicose é o principal substrato utilizado para a produção energética celular. A energia é gerada sob a forma de moléculas de ATP (trifosfato de adenosina), que apresentam uma ligação química (no terceiro fosfato) de alta energia. A GLICÓLISE é um processo bioquímico citoplasmático que converte glicose em piruvato,