Diabetes mellitus

Introdução O presente estudo foi realizado tomando como base o texto Diabetes Mellitus: Uma visão psicossomática, de Miriam Burd. Trata-se do capítulo 47 do livro “Psicossomática hoje” – Julio de Mello-Filho [et al.] – 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2010. O DM (Diabetes Mellitus) é uma doença psicossomática, tendo em vista que sofre influências psicossociais em sua etiologia. Trata-se de uma doença multifatorial e a medicina, isoladamente, não pode dar conta do seu tratamento. O DM inicia-se freqüentemente numa fase de estresse emocional e seu quadro é influenciado por fatores somáticos. Não se pode esquecer que é uma doença orgânica, que interfere no psiquismo de seu portador. Quando as condições físicas da doença interferem nas condições psíquicas do paciente, fenômeno também observado nos casos de DM, dá-se o nome de doença somatopsíquica. Ou seja, pode-se afirmar que o DM é tanto uma doença psicossomática quanto somatopsíquica. Dizer que o estresse emocional é o causador da doença é um mito. No entanto, episódios estressantes podem afetar o controle do diabete, pois, além de reagirmos ao estresse comendo e bebendo, ele faz com que nosso corpo libere hormônios que aumentam a glicose. A pesquisa estudada concentra-se no estudo de três casos. O primeiro deles diz respeito a um adolescente que apresenta o diabete tipo 1 e manifesta uma complicação aguda, a cetoacidose diabética. O segundo é sobre um paciente portador da doença já num estado crônico, a retinopatia diabética. E o terceiro e último caso aborda o diabete no idoso e o trabalho em grupo.

Desenvolvimento PRIMEIRA PARTE Caso clínico evolutivo. Da cetoacidose à alta hospitalar. Marcos, um adolescente de quinze anos, dá entrada na emergência de um hospital apresentando letargia, sede intensa, pele seca e hálito cetônico. O médico encaminhou-o para o CTI, com quadro de cetoacidose diabética e desidratação intensa. A