DIABETES MELLITUS
Denomina-se Diabetes Mellitus (DM) a um conjunto de doenças metabólicas caracterizados por defeitos na secreção e/ou ação da insulina. Classicamente, a hiperglicemia manifesta-se clinicamente por poliúria, polidipsia e polifagia, perda de peso e tendo como complicações agudas a cetoacidose diabética e o coma hiperosmolar, além de complicaçõs crônicas, como as macroangiopatias (insuficiência arterial crônica, doença cérebro vascular e coronariopatia), microangiopatias (nefropatia diabética , retinopatia ) e neuropatia. Entretanto, elevações leves da glicemia podem não causar sintomas.
Duas medições de glicemia em momentos distintos, mas com jejum mínimo de 8horas, iguais ou maiores que 126 mg/dL ou valor aleatório superior a 200 mg/dL com sintomas ( já descritos acima) fazem o diagnóstico de diabetes mellitus, segundo consenso de 1997 da Associação Americana de Diabetes. Em 2003 essa mesma associação estipulou como valor normal uma glicemia menor que 100 mg/dL , devendo os indivíduos que apresentarem valores entre 100 e 125mg/dL ao jejum serem submetidos ao teste de tolerância oral com 75g de glicose. Neste teste, valores entre 140 e 199 mg/dL apontam para intolerância a glicose, enquanto que valores acima de 200 mg/dL apontam para o diagnóstico de diabtes mellitus.
A classificação proposta para DM é a seguinte:
DM tipo 1 – destruição das células beta com deficiência completa de insulina, geralmente de etiologia auto-imune, mas raramente de origem idiopática.
DM tipo 2 – graus variáveis de defeitos de secreção e ação da insulina , é o tipo mais prevalente de DM . No Brasil, estima-se que acomete cerca de 7 % da população adulta. outros tipos específicos de diabetes mellitus – endocrinopatias ( ex: Cushing e acromegalia) , doenças do pâncreas exócrino ( ex: pancreatopatia crônica, neoplasias e fibrose cística) , defeitos genéticos na função da célula beta (ex: DM mitocondrial e MODY), defeitos genéticos na ação da insulina (ex: resistência a