Diabetes Mellitus
Aproximadamente 90% dos carboidratos que ingerimos através da dieta são utilizados para a produção de ATP, que é o elo essencial entre as funções que utilizam energia e as funções que produzem energia no organismo. A glicose representa a maior parte dos produtos finais da digestão de carboidratos, tendo uma importância fundamental para o metabolismo energético. A glicose é fosforilada assim que entra na célula, para que não saia para a corrente sanguínea, onde pode causar problemas. A glicose-6-fosfato (glicose fosforilada) pode seguir diferentes caminhos: pode participar a via glicolítica, que produz ATP; da via das pentoses-fosfato, que produz NADPH ou açúcares de 5 carbonos; ou, ainda, da síntese de glicogênio. A homeostasia da glicose é importante para suprir de glicose tecidos dependentes deste substrato para a produção de ATP. A entrada e a saída de glicose da célula são reguladas, respectivamente, pelos hormônios insulina e glucagon, produzidos nas ilhotas pancreáticas. A insulina é produzida pelas células α-pancreáticas quando os níveis sanguíneos de glicose encontram-se altos, promovendo, portanto, a entrada de glicose nas células. Já o glucagon é produzido pelas células β-pancreáticas quando os níveis sanguíneos de glicose encontram-se baixos, e atua promovendo a desfosforilação da glicose através da enzima glicose-6-fosfatase, presente no fígado, permitindo, então, sua saída para a corrente sanguínea.
O destino da glicose em nosso organismo depende primariamente de nosso estado energético, isto é, da relação ATP/ADP. Quando estamos precisando de energia, a glicose, ao entrar na célula, é encaminhada para a glicólise ou via glicolítica, que ocorre no citosol. A glicólise converte a glicose, uma molécula de 6 carbonos, em duas moléculas de piruvato, com 3 carbonos cada, por meio de 10 reações, tendo como saldo 2 moléculas de ATP. O piruvato resultante pode seguir diversos destinos, como, por exemplo, gerar o grupo acetil da