Dia 23 de janeiro
Todo o Ser Humano aspira à Liberdade, no sentido em que quer realizar escolhas livremente, determinar o seu futuro e as suas opções de vida.
Porém, isso não quer dizer que Liberdade é sinónimo de podermos fazer tudo aquilo que queremos, pois esta, tem limites – como diz K. Popper, “a tua liberdade acaba, quando começa a do outro”. A ideia de Liberdade começou a ganhar mais força com a Revolução Francesa, em 1789, altura em que se proclamou a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”.
Em Portugal, apenas foi concebida a Liberdade Política em 1974 com o 25 de Abril, tornando-se assim um país democrático, onde o povo passou a sentir que tinha, efetivamente, liberdade para decidir o que queria… Impõem-se-me, contudo, algumas questões:
Até que ponto seremos livres?
Até que ponto as nossas ações estarão previamente condicionadas por um elevado número de fatores que não podemos controlar?
Até que ponto os sentimentos, os valores éticos e morais, a classe social, entre outros fatores, condicionarão a nossa liberdade?
Seremos realmente livres de decidirmos as nossas ações?
Poderá então existir um meio-termo? Várias teorias filosóficas debruçam-se sobre esta matéria que, afinal, se prende com o livre-arbítrio, porém todas elas podem ser refutadas. Para mim, a mais coerente é a teoria do determinismo-moderado, o “meio-termo” falado anteriormente, pois compatibiliza o nosso livre-arbítrio com os condicionantes das nossas ações. De facto, todo o Ser Humano é produto (e produtor) da cultura em que está inserido, sendo que essa cultura vai determinar as suas ações, não lhe dando a total liberdade para escolher, logo ele nunca será totalmente livre para determinar o seu futuro… Contudo, penso que todos temos o direito de manter viva a chama da Liberdade que os nossos pais, avós,… acenderam e, independentemente das dificuldades que nos colocarem (por vezes há pessoas que tentam silenciar vozes incómodas),