DHEG
A doença hipertensiva da gravidez (DHEG) é a complicação mais frequente na gestação que acarreta num aumento dos níveis pressóricos da gestante, previamente normotensa, e constitui a primeira causa de mortalidade materna no ciclo gravídico puerperal.
A DHEG pode ser classificada como pré-eclâmpsia, eclampsia, síndrome HELLP e pré-eclâmpsia superajuntada e dependendo da forma como se apresenta pode causar alterações renais, cardiovasculares, hepáticas, cerebrais, sanguíneas, hidreletrolíticas, no sistema renina-angiotensina-aldosterona, uteroplacentárias.
Conceito
A DHEG (doença hipertensiva específica da gravidez) pode ser definida como uma manifestação clínica e laboratorial resultante do aumento dos níveis pressóricos de uma gestante, previamente normotensa, a partir da 20ª semana de gestação, desaparecendo até seis semanas após o parto (BRINGMANN, 2004).
De acordo com o Consenso Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez (2004), caracteriza-se HAS na gravidez quando a pressão arterial estiver maior do que 140 x 90mmHg, em duas tomadas com intervalo de 4h, em repouso, ou quando houver aumento maior que 30mmHg na PAS e/ou aumento maior que 15mmHg na PAD, em relação a conhecidos níveis prévios à gestação.
A DHEG é a complicação mais frequente na gestação e constitui, no Brasil, a primeira causa de morte materna, principalmente quando se instala em uma de suas formas graves como a eclampsia e a síndrome HELLP (KAHHALE; ZUGAIB, 2000).
A incidência da DHEG é em média de 5 a 10%, com taxas de mortalidade materna e fetal em torno de 20%, sendo muito frequente na adolescência (BRINGMANN, 2004; GALLETTA; ZUGAIB, 2004).
O Consenso Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez (2004) revela que, a incidência de DHEG na gestação é de 10%, independentemente de sua etiologia, sendo considerada a primeira causa de mortalidade materna no ciclo gravídico puerperal, chegando a 35% de óbitos, decorrentes de complicações como eclampsia,