DH na China e Universalismo
Desde o fim da Guerra Civil Chinesa, a tomada de poder pelo Partido Comunista e a proclamação de uma República Popular em 1949 por Mao Tsé-Tung, a China passou a ter uma cultura bastante peculiar. Sob um governo rotulado frequentemente como autoritário, podemos citar como um dos primeiros descumprimentos à Declaração Universal dos Direitos Humanos (assinada em 1948, pouco antes do ocorrido) realizados pela China, a execução de milhões de cidadãos sob acusação dos mesmos serem “contrarrevolucionários” durante o período da politica do Grande Salto Adiante. Nesta ocasião, o direito à vida e à liberdade de expressão, previstos nos artigos 3º e 19º da Declaração, respectivamente, foram explicitamente desrespeitados. Após a mudança de governo, a expulsão do povo do velório do oficial liberal Hu Yaobang, em 1989, foi o gatilho para que ocorresse o Protesto na Praça da Paz Celestial (também conhecido como Massacre da Praça da Paz Celestial). Os protestos consistiam em caminhadas pacíficas pelas ruas da capital chinesa, onde milhares de estudantes e intelectuais reivindicavam combate à corrupção, direitos democráticos e liberdade de expressão. Mais uma vez a violência desarrazoada predominou: os protestos foram reprimidos pelo governo brutalmente, comprovada nas estatísticas de mortos (entre 400 e 7.000, dependendo da fonte) e feridos (entre 7.000 e 10.000). Além dos números horrendos, o resultado foi uma imagem que marcou o mundo e é conhecida até hoje: em 5 de junho, dois dias após o inicio da repressão, um anônimo foi filmado e fotografado parado em frente a filas de tanques militares, como forma de protestar pacificamente, o “rebelde desconhecido”, como ficou conhecido, acabou sendo eleito pela revista Time uma das pessoas mais influentes do século XX. O artigo que encabeça a constituição chinesa, datada de 1982, deixa bem claro “Art. 1º O sistema socialista é o sistema básico da República Popular da China. É proibida a sabotagem do sistema socialista por