DFC em instituições financeiras
Este trabalho não reflete necessariamente a opinião e posição do Banco Central do
Brasil, mas tão somente a de seus autores.
Uverlan Rodrigues Primo
Resumo: Este trabalho tem como objetivo propor um modelo de DFC adaptado para um banco e para as peculiaridades da regulamentação contábil do Brasil, elaborado a partir das normas internacionais de contabilidade propostas pelo Iasb e das normas vigentes nos Estados Unidos da América (EUA) definidas pelo Fasb. Para tal fim, a pesquisa consistiu, inicialmente, de uma revisão bibliográfica e normativa, em que foram estudadas as principais obras publicadas por autores do Brasil e de outros países relativamente ao tema, com vistas a descrever o arcabouço teórico que envolve a matéria, bem como os aspectos históricos da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), suas principais características, como concebida pelo Iasb e pelo Fasb, e os pontos mais controversos. Nesse estudo ficou constatado que para que a DFC possa atingir o seu principal objetivo, qual seja, permitir que os usuários externos avaliem a capacidade de a empresa gerar caixa por suas operações, o fluxo de caixa das atividades operacionais, mais importante informação da DFC, deve ser formado somente e por todas as movimentações de caixa que afetam o resultado da empresa, dissociados do capital aplicado ou captado. nas atividades de investimento São registrados os fluxos decorrentes da aplicação do capital e nas de financiamento as captações.
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Introdução
A DFC já é exigida em vários países, mormente naqueles com mercados financeiros mais desenvolvidos, como EUA, Canadá, Inglaterra e em um crescente número de países
(CHOI et al, 1999, p. 305), além de sua adoção ser sugerida pelo órgão internacional de normas contábeis, o Iasb.
A necessidade de harmonização das práticas contábeis, haja vista a crescente