Estamos acostumados ou mal-acostumados a rotular coisas e pessoas, com relação as crianças, não agimos de forma diferente,pior, alem de rotular queremos impor a elas aquilo que aprendemos e da forma que nos foi ensinado. Penso que o conceito devir-criança pode nos auxiliar muito em compreender a criança no seu desenvolvimento e em todos os sentidos, especialmente na educação, enxergando-a como ser pensante, com desejos, sentimentos idéias,, peculiaridades que devem ser respeitadas, analisadas, discutidas e quem sabe ate absorvidas por nos adultos. Temos que enxergar as crianças por um novo ângulo, assim poderemos auxiliá-las de forma mais concreta, sem imposições, abrindo espaço para que o encontro entre o novo e velho seja harmonioso, criador e transformador. O conceito devir-criança se compreendido e aplicado de forma plena e correta, poderá trazer para os educadores uma resposta concreta a uma pergunta que nos dias de hoje muito nos incomoda que é “ o que pode uma criança?” esse conceito ira nos possibilitar uma nova forma de agir em relação a essas crianças. Percebe-se a infância como momento de liberdade, experiência, criação, momento de transitar de forma aberta, intensa e com direção própria, as vezes torna-se muito difícil para nós educadores enxergar as crianças dessa forma, por isso estamos sempre tentando transformá-las em algo diferente do que elas são. Precisamos não só enxergar, mais acima de tudo valorizar e utilizar todo potencial de nossas crianças e assim instaurar um encontro criador e transformador que nos permita como educadores, fazer deste encontro algo inovador que com certeza ira gerar acontecimentos inesperados e imprevisíveis, experiências que se bem utilizadas poderão revolucionar a forma de como nós professores enxergamos nossas crianças e conseqüentemente nossa forma de educar. Precisamos perceber a infância como pontecialidade, como matéria prima que pode e deve ser utilizada por nós