Deuteronomio

PUC – PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Pró-Reitoria de Graduação em Teologia

Disciplina: Exegese Bíblica I - Pentateuco
Prof.: Pe. Paulo Jackson Nóbrega de Souza
Aluno: Marcio Lopes de Melo

O LIVRO DO DEUTERONÔMIO

I – Introdução:
O Deuteronômio é o quinto e último livro do Pentateuco, ou a “Quinta parte da Torá”. O título chegou a nós através da LXX, onde Deuteronômio, “segunda Lei” é retirado do capítulo 17,18, embora o texto hebraico diga que o rei deve escrever para si mesmo não uma segunda Lei, mas, uma “copia da Lei”.
Na tradição judaica, o título é simplesmente “Palavras” (Debarim) conforme aparece no início do texto. O livro foi atribuído a Moisés, é ele quem fala na primeira pessoa do singular, isto é, a relação do livro com aquele que promulga a Torá é fundamental, embora se reconheça que é pouco provável ser de sua autoria.
Este livro, Deuteronômio, consistentemente fala, pela primeira vez, não de leis, mas da lei, e é a esta Lei que, geralmente, se refere o corpo histórico. O aparecimento do livro da Lei, portanto, marca um importante estágio na formação do Cânon.

II – Formação do Deuteronômio:
Embora quase todos os estudiosos admitam que Deuteronômio alcançou sua forma presente como resultado de um longo processo de formação, não há consenso quanto à interpretação dos critérios internos (lexicográfico, estilístico, temático), nos quais a história do processo se baseou.
Conforme mencionado pelo autor, temos as seguintes hipóteses quanto a formação do Deuteronômio:
Hipótese da reivindicação de Von Rad (PHOE 33-40):
Para Von Rad a forma do livro reflete a cerimônia de aliança no santuário tribal de Siquém é sugestiva, porém frágil, e de qualquer modo, deixa muita coisa sem explicação.
Hipótese da analogia com o tratado internacional:
Esta hipótese tem se provado igualmente sugestiva (Mend Nhall, BA 17 [1954] 49-76;Mccarthy, old Testament Covenant;Et Al) especialmente quando