Deus e o Diabo na terra do sol

"Deus e o Diabo na terra do sol" (1964) é uma produção nacional e ganhadora de prêmios internacionais, é uma das principais obras do cinema novo. O cinema é um movimento cinematográfico nacional iniciado na virada dos anos 50 para os anos 60, que surgiu uma nova forma de fazer e pensar cinema. O cinema novo foi utilizado por formações e idéias, que procuravam ir de encontro à sociedade, deixando o cinema dos estúdios e realizando um cinema “verdade”, que retratasse as questões sociais e culturais do Brasil, e a região nordeste era um dos principais temas dos filmes.
O filme de Glauber Rocha traz com grande complexidade assuntos como a miséria e o fanatismo religioso, ambos assunto que permeiam a sociedade nordestina e que garante longas e discursivas conversa a respeito do tema.
Deus e o Diabo na terra do sol foi filmado entre 1963-64,. A história conta de uma forma muito expressiva e verdadeira as crise e reflexão social que depois de muito tempo se estende ate hoje na atualidade. É uma ótima opção para se mostrar como a miséria e o abandono leva as pessoas a extremos. Os elementos que faz do povo sertanejo estão claramente representados: a extrema religiosidade, a miséria, o latifúndio, e o coronelismo.
O filme conta a saga de um jovem casal, Manuel e Rosa.
Manuel, sertanejo, após uma discussão com o coronel da região na hora da partilha do gado passa a ser perseguido, por esse motivo e foge com sua esposa Rosa. A partir desse momento a história passa a ser contada. O filme mostra também uma crítica ao fanatismo calcado em dogmas quando fala sobre a comunidade religiosa. E assim fazendo lembra comunidade religiosa de Canudos, que desencadeio a Guerra de Canudos, que foi um confronto entre o Exército Brasileiro e os integrantes de um movimento popular de fundo sócio-religioso liderado por Antônio Conselheiro.
A região do nordeste, historicamente é marcada por latifúndios improdutivos, secas e desempregos, passava por varias crises. Milhares