Deus das moscas
No início do livro é como se tudo acontecesse de repente. De repente você está num avião, de repente ele cai, de repente você se vê rodeado de crianças e adolescentes numa ilha deserta sem a presença de nenhum adulto. A reação a esse cenário é o mote do livro. Como se dará as relações entre esses jovens? As instituições de poder, de decisão, como serão feitas? Como e onde buscarão comida e água para todo mundo?
Acompanhamos de perto alguns deles: Ralph, Proquinho, Jack, Roger, Simon, Sameeric (os gêmeos Sam e Eric). Conhecemos primeiro Ralph e Porquinho. Cada um dos meninos com sua personalidade distinta, lidando, à sua maneira, com a situação em que se encontram.
A definição das personalidades de cada personagem é feita de uma forma muito clara pelo autor. William soube dividir bem os núcleos deixando forte as relações de dominação, de acordo com as características de cada personagem.
Num primeiro momento vemos crianças, apenas crianças, que ao se verem sem adultos por perto, e numa praia deserta, prontamente vão brincar. Alguns vão nadar, outros vão para as árvores próximas pegar frutas... Até que Porquinho e Ralph decidem reuni-los para discutir com todos o que está acontecendo. Precisam descobrir onde estão, e o que farão dali em diante. É neste momento que as personalidades de cada um começam a se destacar, e Ralph e Jack parecem ser os que mais afetarão as decisões de todo o grupo.
Nesse começo é o momento em que o autor situa as crianças como sendo realmente crianças, livres de preocupações. Posteriormente, com o avançar do tempo, as necessidades e anseios de cada um acabam por delimitar as relações