Determinismo e Liberalismo
O determinismo é o conceito que afirma que todos os acontecimentos do mundo são submetidos a leis indispensáveis às quais obedecemos, querendo isto dizer que tudo está pré-determinado pela natureza e que o sentimento de liberdade não passa de uma ilusão subjetiva. Estes acontecimentos são necessariamente sucedidos por acontecimentos anteriores, isto é, qualquer ocorrência do presente é consequência de algo que aconteceu antes.
Podemos também associar este conceito àquilo a que habitualmente chamamos de destino, sendo que é algo que está previamente determinado a acontecer sem que nós possamos contrariar, portanto, não temos livre-arbítrio.
- DETERMINISMO RADICAL
O determinismo radical baseia-se numa sequência de causa-efeito, ou seja, cada acontecimento decorre obrigatoriamente por efeito de uma série de acontecimentos antecedentes. Este conceito é fundamentado pela Primeira Lei de Newton – Lei da Inércia, afirmando que um determinado acontecimento não pode ser real sem que a sua causa ocorra.
«Um corpo permanece em estado de repouso ou de movimento (…) a menos que seja forçado a mudar por forças aplicadas sobre ele»
Primeira Lei de Newton, Lei da Inércia
O determinismo radical reforça a ideia de haver um destino e que todos os atos do ser humano estão ligados a ele, invalidando a liberdade de opção como capacidade humana, tornando assim incompatível a ideia de livre-arbítrio (poder de escolha) com a radicalidade do determinismo, pois, mesmo tendo consciência de determinados atos, não podemos intervir neles devido ao facto de estarem pré-determinados. Isto leva a que não tenhamos qualquer tipo de controlo sob as consequências das ações antecedentes.
Existem filósofos que dizem não existir liberdade humana, partilhando a opinião de que tudo o que acontece tem um propósito de o ser, e por ninguém ter conhecimento desse propósito, é que pensamos que somos livres.
Thomas Nagel destaca-se no mundo filosófico por não concordar com