determinação do sexo
“É menino ou menina?”. Esta pergunta nem sempre pode ter uma resposta pronta. De facto, cerca de 1 em 3000 crianças nasce com intersexo, isto é, situação em que não existe uma concordância total entre os vários critérios que definem o sexo.
A identificação inequívoca de um indivíduo com o sexo masculino ou feminino resulta da plena concordância de todos os critérios utilizados na definição do sexo: genético (XX ou XY), gonadal (ovários ou testículos), físico (genitais internos e externos – características sexuais primárias e características sexuais secundárias), Cerebral: psíquico (o conceito que o indivíduo tem de si mesmo e que lhe permite identificar-se com um ou outro sexo), social (o sexo que a sociedade atribui ao indivíduo e que pode, ou não, adaptar-se ao conceito que este tem de si mesmo) e civil (o sexo que foi atribuído ao indivíduo ao ser inscrito no Registo Civil).
O contexto social em que o ser humano está inserido, em muito contribui para sua formação. Os valores sociais, as expectativas, a moral etc., são valores que são introjetados na criança desde os primeiros momentos de sua vida. É o chamado sexo de criação que busca determinar as características de gênero, masculino ou feminino, impostas sócio-culturalmente. Desta forma, o sexo educacional é extremamente dependente das características sociais. Os conceitos de gênero, masculino ou feminino, começam a se apresentar nos tratamentos de menina e menino e são colocados para funcionar, mesmo quando o bebê é muito pequeno. Esta introjeção tem sua correspondente na cobrança social e a pressão é muito grande para que todos/as possam atender as expectativas.
Assim é que o papel de cada gênero vai sendo imposto a cada um, na medida em que crescemos. Características sócio-culturais do que é tido como próprio para meninos e meninas vão sendo apresentadas e cobradas. São os modos e atitudes de andar, sentar, correr, o linguajar, o corte de cabelo, as roupas, os gestos