Determinação de fósforo, como fosfato em esgoto de fossa séptica.
1. INTRODUÇÃO
DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO
É a quantidade de oxigênio (O2) necessária para a oxidação da matéria orgânica através de um agente químico. É baseada no fato de alguns compostos orgânicos serem oxidados por agentes químicos oxidantes considerados fortes, como por exemplo, o K2Cr2O7 (dicromato de potássio) em meio ácido, sendo o resultado final desta oxidação o dióxido de carbono e água.
Cr2O72- + 14H+ + 6é → 2Cr3+ + 7H2O
O2 + 4H+ + 4é → 2H2O O dicromato de potássio é 1,5 vezes mais oxidante do que o oxigênio.
Pode ocorrer pelo processo de oxidação de matéria orgânica por uma mistura em ebulição de ácido crômico e ácido sulfúrico (dicromato de potássio em meio ácido), no qual o excesso de dicromato é titulado com Fe2+. Mas outras substâncias químicas podem ser utilizadas como oxidantes. A proporção de matéria orgânica a ser oxidada depende do oxidante, da estrutura dos compostos orgânicos presentes na amostra e do processo de manipulação dos reagentes e dos equipamentos.
Vantagens
O teste não é afetado pela nitrificação, dando indicação apenas da oxidação da matéria orgânica carbonácea e não da nitrogenada; o processo não está sujeito a tantas variáveis, como no sistema biológico, e não requer tantos equipamentos; o tempo é pequeno de 2 a 3 horas.
Desvantagens
No processo de avaliação da DQO são oxidadas, tanto a fração biodegradável, quanto a fração inerte do efluente, o que leva a uma superestimação do oxigênio consumido; certos constituintes inorgânicos podem ser oxidados e interferir no resultado, isto é, DQO>DBO; o teste não fornece informação sobre a taxa de consumo da matéria orgânica ao longo do tempo.
Relação DQO/DBO Relação DQO/DBO baixa: a fração biodegradável é elevada, o que indica a utilização de tratamento biológico. Relação DQO/DBO elevada: a fração inerte, ou seja, não biodegradável