Determinação da viscosidade de fluidos
PRÁTICA III:
I) Introdução
Implicações cardiovasculares da viscosidade do sangue.
A viscosidade sanguínea é uma característica do sangue constituída pelas proteínas, em especial a albumina, lipídeos, glicídios e eletrólitos, que promovem uma pressão que mantém o sangue dentro dos vasos, impedindo-o de sair para o interior dos tecidos.
Mas o que torna o sangue tão viscoso? Em essência, é grande o número de eritrócitos em suspensão, cada um exercendo forças friccionais contra células adjacentes e contra a parede do vaso sanguíneo.
A dificuldade ou facilidade com que um fluido escorre é uma indicação de sua viscosidade. Quando a porcentagem de glóbulos vermelhos aumenta a viscosidade do sangue (hematócrito mais alto) aumenta e diminui a vazão. Com a redução do volume de água no organismo, o sangue fica mais espesso e pode haver um quadro de baixa pressão arterial. Assim, pode ocorrer confusão mental, cansaço e até mesmo estado de coma. O sangue mais viscoso favorece infarto do miocárdio e derrame, uma vez que não há pressão adequada para o sangue circular.
Além da viscosidade, outros fatores afetam o fluxo de sangue nos vasos: a diferença de pressão de uma extremidade para o outro, o tamanho do vaso, e seu raio. A lei de Poiseuille estabelece que o fluxo através um determinado tubo depende da diferença de pressão de uma extremidade para a outra . Se a diferença de pressão é dobrada, a taxa de fluxo também dobra. O fluxo varia inversamente com o comprimento e a viscosidade. Se qualquer um é dobrado, a taxa de fluxo é reduzida pela metade. Considerando que as artérias principais têm paredes elásticas e se expandem ligeiramente a cada batida do coração, o fluxo de sangue no sistema circulatório não obedece a lei de Pouiseuille exatamente. Além disso, a viscosidade do sangue muda ligeiramente com taxa de fluxo, assim, quanto maior a viscosidade, menor é o fluxo pelo vaso.
II) Objetivos