Determinação da sensibilidade ao ptc
Entre tantos caracteres, podemos observar a diferença entre as pessoas quanto à sensibilidade ao provarem soluções com baixa concentração da substância feniltiocarbamida (PTC). Algumas pessoas sentem o gosto amargo (sensível ao PTC), enquanto outras não sentem (insensível ao PTC). Deve-se ao grupamento químico NC=S (nitrogênio, carbono, enxofre), da feniltiouréia
(PTU), a reação de sensibilidade ao amargo provocado por tal substância. A mesma pode ser encontrada em certas plantas das famílias das Gramineae (gramas, capins etc) e das Cruciferae ou Brassicaceae (couve, couve-flor, brócolis, repolho etc.)
Para verificar a sensibilidade ao PTC basta pingar uma gota de uma solução desta substância na língua de diversas pessoas. Haverá uma resposta gustativa indicativa de que algumas delas, por sentirem o gosto amargo são consideradas sensíveis ao PTC, já as que não sentem o gosto amargo são insensíveis ao PTC. A explicação mais comum para a variação na sensibilidade ao PTC é dada pela existência de um gene com um par de alelos, onde o alelo determinate da sensibilidade ao PTC é dominante (T) e o da insensibilidade é recessivo (t). Neste caso, as pessoas sensíveis ao PTC podem ser homozigóticas dominantes (TT) ou heterozigóticas (Tt), enquanro as insensíveis ao PTC são homozigóticas recessivas (tt). No entanto, recentes estudos mostraram que o gene responsável pelo desenvolvimento da sensibilidade ao PTC está no cromossomo 7 e possui cinco formas alélicas, onde uma delas (t) condiciona a insensibilidade a feniltiocarbamida, sendo recessiva em relação aos outros alelos. Assim, indivíduos insensíveis ao PTC possuem genótipo (tt). As outras quatro formas alélicas (T1, T2, T3 e T4) determinam uma expressividade variável entre os indivíduos sensíveis, que vai desde condições intermediárias até a mais sensível. Ou seja, elas formam genótipos (TXTXeTXt), onde alguns determinam a percepeção ao gosto amargo somente em em soluções de