Determinantes sociais
Os Determinantes Sociais da Saúde (DSS) possuem diversas definições, como as propostas pela Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), pela Organização Mundial da Saúde, por Nancy Krieger em 2001 e Tarlov em 1996. De modo geral, DSS são as condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população, que estão relacionadas com sua situação de saúde. O consenso existente sobre a importância dos DSS foi construído ao longo da história. No século XIX predominava a teoria miasmática, sendo reforçada por estudos sobre a contaminação da água e alimentos, e riscos ocupacionais. Tais estudos deram apoio para as ações da saúde-pública. Nas últimas décadas desse século, com o trabalho de bacteriologistas, como Koch e Pasteaur, para a explicação do processo saúde-doença, afirmou-se o “paradigma bacteriológico”. Com ele foram criadas escolas de saúde para a formação de profissionais de saúde pública, e surgiram conflitos entre a saúde pública e a medicina. Após alguns debates, a saúde pública foi orientada ao controle de doenças específicas, baseada na bacteriologia. Ao longo do século XX a saúde foi definida como um completo bem-estar físico, mental e social, porém, na década de 50 houve uma ênfase nas campanhas de combate as doenças específicas com a aplicação de tecnologias de prevenção ou cura. O tema dos determinantes sociais foi recolocado em destaque no final dos anos 70, pela Conferência de Alma-Ata e as atividades inspiradas no lema “Saúde para todos no ano 2000”. Entretanto, o destaque para os determinantes sociais foi afirmado apenas com a criação da Comissão sobre Determinantes Sociais da Saúde da OMS, em 2005. O avanço no estudo que relacionam sociedade e saúde é marcante no estudo das iniqüidades em saúde. De acordo com Nancy Adler, a terceira e atual geração de estudos sobre iniqüidades em saúde está dedicada principalmente aos A Saúde e seus Determinantes Sociais. Os fatores