DETECÇÃO DE TALENTOS
Victor Keihan Rodrigues
Matsudo
Timóteo Leandro de Araújo
Luís Carlos de Oliveira
A
Há ciência na detecção de talentos?
o iniciarmos este artigo, o País estava a cinco dias da abertura dos XV Jogos Pan-americanos, competição que acolheu, no Estado do Rio de Janeiro, mais de 4.500 atletas entre 42 países das três Américas. Nesse evento esportivo foi apresentado o que se de tem de melhor dos países em desenvolvimento no que diz respeito a “atletas de esportes de alto rendimento”, além de Canadá e Estados
Unidos, este último com metade de sua força total.
Muitos resultados já se projetam para o próximo ano, quando se iniciam os Jogos Olímpicos na China: em 2007 ocuparemos a segunda ou terceira posição nas
Américas e já ocupamos a 16a posição no Mundo (Atenas
2004) — lembrando que já dispomos, desde 2005, do Dia do Talento Esportivo (5 de setembro).1
Ao final do Pan-americano de 2007 é bem possível que aumentem a procura aos profissionais de Medicina do Esporte para responder a perguntas como “meu filho tem potencial, tem chances?”, “vai crescer para o vôlei?”, “o basquete ajuda a crescer?”, “a ginástica artística atrapalha o crescimento?” Assim, temos como objetivo, neste rápido artigo, apresentar um pouco do que se tem disponível na literatura nacional e internacional na área de detecção de talentos e, principalmente, mostrar o modelo brasileiro que foi destaque na Olimpíada de
Barcelona (1992) e publicado na Enciclopédia do Comitê
Olímpico Internacional.2 É possível detectar um talento para o esporte? Essa também é uma vantagem para um estilo de vida ativo?
De uma forma mais sistemática, coube ao Comitê
Olímpico Internacional o pioneirismo de patrocinar um estudo elaborado pelo Conselho Internacional em Ciências do Esporte e Educação Física (ICSSPE) que, em 2006, organizou o 2nd Annual ICSSPE/ISTAF Symposium on
Dimensions of Performance na cidade de Berlim, na Alemanha, com a