desvulcanização pneus
Esse processo foi descoberto por Charles Goodyear (1800-1860) em 1838. Ele percebeu que uma mistura de borracha e enxofre que caiu sobre o fogão quente não chegou a derreter, mas apenas queimou um pouco. Com isso, ele percebeu que com a adição de enxofre, a borracha tornava-se mais resistente.
Foi o próprio Goodyear que deu o nome para esse processo de vulcanização, em homenagem ao deus grego do fogo, Vulcano.
Charles Goodyear
A vulcanização da borracha é a adição de enxofre sob aquecimento e na presença de catalisadores.
Durante esse processo, os átomos de enxofre quebram as ligações duplas e formam ligações unindo as moléculas da borracha, que são os poliisoprenos.
Os pneus descartados na natureza constituem, nos países mais desenvolvidos e em muitos dos em via de desenvolvimento um enorme passivo ambiental. Nos países da Comunidade Econômica Europeia são descartados 180 milhões de pneus, anualmente, e outros 150 milhões somente nos Estados Unidos da América onde estimados 3 bilhões de pneus formam montanhas em áreas desérticas, porém sob iminente ameaça de devastadores incêndios, liberando gases tóxicos na atmosfera. Só no Brasil são produzidos cerca de 40 milhões de pneus por ano e quase metade dessa produção é descartada nesse período. Dos pneus inservíveis, atualmente, 49% estão sendo depositados em aterros, 33% estão sendo reprocessados e recuperados em diversos outros usos, 10% são depositados ilegalmente, 5% é utilizado para recuperação energética e 3% para outros usos diversos como a construção civil. A disposição em aterros sanitários tem se mostrado inadequada, por diversas razões. Assim, vários países adotam medidas para que se dê destinação mais adequada aos pneus descartados. A regeneração ou desvulcanização tenta tornar a borracha do pneu triturado, novamente apta a receber o processo de vulcanização através de vários processos (alcalino, ácido, mecânico e vapor superaquecido).