Desvios da coluna vertebral
A coluna vertebral, estrutura central do esqueleto, é formada por um conjunto de vértebras sobrepostas que formam um bloco que une a cabeça à região pélvica. As vértebras encontram-se separadas entre si por estruturas fibrocartilagíneas, designadas discos intervertebrais, que ao proporcionarem um certo grau de mobilidade a cada articulação intervertebral possibilitam que toda a coluna efetue movimentos de flexão para a frente, de extensão para trás, rotações e inclinações para ambos os lados. Estes movimentos encontram-se limitados por uma série de ligamentos e músculos que, ao se unirem aos vários segmentos ósseos, proporcionam estabilidade a toda a estrutura. Observada de frente, a coluna é praticamente rectilínea. De qualquer forma, de uma visão lateral, é possível observar-se várias curvaturas: na região cervical, existe um arco para a frente; na região dorsal, um arco para trás; na região lombar, outro arco para a frente; na região sacrococcígea, um outro arco para trás. Estas curvaturas são absolutamente normais e estão presentes desde o nascimento, embora a curvatura da região sacrococcígea seja mais evidente a partir do momento em que a criança começa a caminhar. Para além disso, como a forma da coluna apenas é definitiva na fase final de crescimento, nomeadamente no final da adolescência, a puberdade pode provocar o desenvolvimento de várias deformações, embora existam muitas outras que apenas se manifestam em idades avançadas.
Uma boa postura é a atitude que uma pessoa assume utilizando a menor quantidade de esforço muscular e, ao mesmo tempo, protegendo as estruturas de suporte contra traumas. Os desvios posturais tais como a lordose cervical, cifose dorsal, lordose lombar e escoliose podem levar ao uso incorreto de outras articulações, tais como as dos ombros, braços, articulações templo mandibulares, quadris, joelhos e pés. Manter posturas erradas por tempo prolongado pode acarretar