desmilitarizacao da policia
Fase 1: Defesa da Teoria
Tempo: 10 minutos
DUDA "Fazíamos um ato simbólico, pacífico, que muitos já fizeram, que foi se acorrentar na porta de um prédio público. Prédio Público." - repete - "Fomos nos acorrentar na porta e a polícia chegou com uma truculência gigantesca. (...) Um policial me imobilizou, me jogou no chão, me algemou, decretou voz de prisão, e ali eu sabia que eu tava preso. Que eu ia pra delegacia e tudo aquilo que a gente vê, infelizmente, acontecendo nas manifestações pelo país. O que eu não esperava também aconteceu. O policial me levantou e me levou pra dentro do prédio da Secretaria de Segurança Pública. Eu encontrei um corredor escuro. Fui obrigado a ficar com a cabeça baixa, agachado num canto contra a parede e ali, então, eu comecei a entender que eu ia passar por algo que eu não achava que fosse passar. Sofri uma tortura psicológica que jamais imaginei. Fui xingado, fui muito agredido fisicamente (tenho outras marcas pelo corpo além do hematoma no olho). Ali eu achei que pudesse morrer. Ninguém sabia que eu estava no local, nem mesmo meus companheiros ou familiares. Ninguém sabia. Se ali tavam me batendo, o que mais poderiam fazer ali? Tudo. Eu poderia ter sido mais um desaparecido que foi encontrado morto depois, como acontece diariamente nas periferias desse país."
ANA 1- história da pm: Ao se analisar a Policia Militar historicamente percebe-se que as polícias dos estados sempre vivenciaram dupla atribuição, como “polícia” e “Força Militar” nas questões de “segurança pública, segurança interna e segurança nacional”. Na medida em que nasce, no século XIX, na forma de Guardas Municipais Permanentes, uma instituição a serviço das classes dominantes; em especial, a aristocracia agrária. Sua principal finalidade era domesticar a mão de obra escrava, sufocar revoltas, destruir quilombos, manter as ruas livres de vagabundos, prostitutas, pobres em geral. Ademais, durante o oitocentos, a Corporação Policial Militar