Desiquílibrio hidroelétrolitico
Desequilíbrio Hidroelétrolitico é o desequilíbrio de líquidos intra e extracelulares do organismo humano. Cerca de 60% do peso de um homem adulto e de 50% do de uma mulher adulta são constituídos de água (42 L em um homem de 70 kg). Desse total, 2/3 (28 L) situam-se no compartimento intracelular e 1/3 (14 L) no extracelular
Por sua vez, o espaço extracelular subdivide-se em um compartimento intersticial, ou extravascular, (11 L) e um intravascular (3L), correspondente ao volume plasmático, o qual, somado a 2 L de hemácias, constitui o volume sangüíneo, ou volemia (5 L)
Compartimentos Líquidos:
Sendo as membranas celulares em geral permeáveis à água, esta distribui-se livremente, fazendo com que a osmolaridade seja a mesma em todos esses compartimentos (pouco inferior a 290 mOsm/L)
No compartimento intracelular, o principal responsável pela osmolaridade é o potássio, cuja concentração intracelular é mantida em valores altos por uma bomba, a Na-K-ATPAse. No extracelular, o cátion dominante é o sódio, que é continuamente bombeado para fora das células por essa mesma Na-K-ATPA.
Há um constante fluxo de água e sódio através do organismo. As entradas de água são representadas pela ingestão de água como tal (1,2 L/dia), ingestão de água com alimentos (1 L/dia) e pela prodção endógena de água (0,3 L/dia). Evidentemente esses valores variam de indivíduo para indivíduo.
Já o sódio não pode ingressar ao organismo a não ser por ingestão (exceto, é claro, no caso de infusão endovenosa de soluções salinas). Como no caso da água, há uma enorme variação individual quanto à taxa diária de ingestão de sódio.
Há várias maneiras pelas quais a água e o sódio podem abandonar o organismo. A água é quase sempre eliminada através de secreções, normais ou patológicas, que também contêm sódio: as fezes, o suor, a urina e os vômitos. A única exceção são as chamadas “perdas insensíveis”, correspondentes à saída