Desinfecção de Efluentes
DESINFECÇÃO DE EFLUENTES SANITÁRIOS PARA FINS PRODUTIVOS NA AGRICULTURA, AQÜICULTURA E HIDROPONIA: Cloro e UV.
Tania Regina Pivisan Kobata 1, José Roberto Guimarães2, Bruno Coraucci Filho3
Palavras chave: Agricultura; aquicultura; desinfecção; efluente sanitário; reuso.
As exigências em relação às leis ambientais em todo o mundo têm-se tornado cada vez mais restritivas, principalmente devido à conscientização em relação à saúde humana e aos riscos ecológicos associados à poluição ambiental. Outro fato a salientar é a necessidade do reuso de efluentes devido à escassez de fontes de água para consumo humano.
A desinfecção dos esgotos deve ser considerada quando se pretende reduzir os riscos de transmissão de doenças infecciosas, principalmente quando o contato humano, direto ou indireto, com as águas contaminadas, é provável de ocorrer. A etapa de desinfecção é usualmente realizada usando-se os seguintes agentes e meios: agentes químicos; agentes físicos; meios mecânicos e radiação(1).
O cloro (Cl2), líquido ou gasoso, é mais comumente utilizado na desinfecção de efluentes sanitários, pois inativa os microrganismos patogênicos. Os derivados de cloro mais empregados para esse fim são o hipoclorito de sódio e de cálcio(2).Estes compostos, ao serem adicionados à água reagem formando ácido hipocloroso (HOCl) que dissocia-se em OCl- (íon hipoclorito) e H+ (hidrogênio iônico). É preferível pH baixo, pois o efeito germicida do ácido hipocloroso é maior do que o íon hipoclorito.
A reação do cloro livre com a amônia e outros compostos nitrogenados, encontrados principalmente esgotos domésticos, formam as cloraminas (cloro combinado). As cloraminas também têm efeito bactericida, porém é preferível que haja formação somente de monocloramina, evitando problemas de gosto e odor indesejáveis produzidos pelos residuais de dicloramina(3).
A matéria orgânica presente no corpo d’água receptor pode, em determinadas circunstâncias, reagir com o cloro residual