Desigualdades E Direitos Humanos
O Brasil é uma República, um país democrático que preza pela cidadania e a dignidade da pessoa humana. Está inserida na Constituição Federal a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais. Certamente que o regime adotado por nosso país, o democrático, é o que mais se compatibiliza com Direitos Humanos, portanto, se a pobreza fere os Direitos Humanos, fere também a nossa democracia.
Vivemos num país marcado pela pobreza e pela desigualdade. Talvez os anos 80 sejam o marco da pobreza gritante no Brasil, com uma extrema distância entre os (muitos) pobres e os (poucos) ricos.
Apesar da previsão constitucional, a exclusão social aumenta, talvez devido à desregulamentação que faz com que persista a diferença entre ricos e pobres. A exclusão de pessoas que se encontram em estado de pobreza por não serem consideradas capazes de contribuir para o desenvolvimento da sociedade, uma vez que não têm voz ativa e também, devido à baixa auto-estima, não conseguem atuar de forma participativa na sociedade, o que muitas das vezes é considerado como falta de perspectiva, objetivos e futuro. A dignidade de pessoas pobres, que vivem à margem da sociedade, não é respeitada e, muitas vezes, a pobreza torna-se sinônimo de criminalidade.
As diferenças que encontramos entre as cidades, os estados e as regiões brasileiras, no que se refere ao aspecto econômico, deve-se ao fato de haver uma distribuição de renda muito desigual no Brasil. Talvez a esta diferença regional esteja ligada a existência (ou não) de instituições de ensino e de pesquisa e de mercado de trabalho profissional, que são fatores fundamentais para o desenvolvimento e crescimento econômico de uma região.
É gritante a necessidade de inserção de cada vez mais políticas públicas que busquem a erradicação da pobreza e promova a igualdade social, regional e a inclusão das pessoas pobres na sociedade, fazendo-se alcançar os objetivos