Desigualdade social
Ao longo dos últimos anos, no Brasil, têm se ampliado de maneira importante tanto o debate sobre a desigualdade social e a pobreza quanto as políticas públicas que buscam combater ou minimizar seus efeitos. A discussão acerca da magnitude de nossa desigualdade social passou a ter lugar corrente no debate público (parlamento, jornais e mídia em geral) e no debate acadêmico (publicações, grupos de pesquisa), num contexto em que diversas visões teórico-conceituais sobre tais fenômenos sociais disputam espaço explicativo. Além disso, o combate à pobreza e à desigualdade social se tornou um dos mais relevantes temas de agenda do governo federal. A tal ponto que o debate sobre as alternativas de combate à pobreza e de promoção do desenvolvimento social bem como a implementação efetiva de políticas públicas nesta área assumiram lugar de destaque, sem precedentes históricos reconhecíveis, na agenda política e de políticas públicas de nosso país. Existem obviamente diversas alternativas explicativas para a produção e reprodução da desigualdade social e pobreza, a evolução das políticas específicas de DSCP praticadas no Brasil, ao longo dos últimos anos, e sua inter-relação com as alternativas conceituais e teóricas a respeito da desigualdade social e sua naturalização no Brasil . Tomando como referência tais concepções, que envolvem um olhar diferenciado no tocante às origens e aos fundamentos sociais da nossa desigualdade, várias são as questões que se apresentam. Que possíveis contribuições esta nova perspectiva analítica pode trazer ao entendimento das políticas públicas de DSCP no Brasil?
Antes uma realidade carregada de pobreza e exclusão social, quais são as condições necessárias à efetiva superação da nossa imensa desigualdade? Qual é o olhar possível acerca das políticas públicas na área de DSCP já implementadas? Quais são as