desigualdade social
26/08/2008 - Paula Machado
Em meio à globalização econômica e à política neoliberal, a nova ordem internacional passou a ter como grandes marcas a dinamização produtiva e uma cada vez mais profunda desigualdade socioeconômica. Liderando o capitalismo, estavam os países dos três principais blocos econômicos (Nafta, UE bloco do Pacífico), realizando mais de 60% de todas as trocas comerciais do planeta. Em outro lado, estava o mundo pobre, com quase todos os países do hemisfério sul, vivendo um agravamento dos índices socioeconômicos, produzindo um quadro alarmante.
Comparando-se a distribuição da população da população mundial nas regiões ricas e pobres do planeta com o conjunto de seus bens e serviços produzidos (PNB), entre 1980 e 1994, observa-se um rápido distanciamento com possibilidade de ganhar velocidade maior.
Um indicador de gravidade no avanço das desigualdades socioeconômicas entre regiões e grupos sociais é que à população mundial, acrescentava-se a todo ano, 97 milhões de nascimentos, principalmente nas áreas pobres. É um dado que aponta um combustível histórico para turbulências político-sociais e impasses econômicos.
Em meados de 90, a situação era muito grave em certas regiões africanas e asiáticas, onde havia milhões de indivíduos, sem condições básicas de vida. Ao mesmo tempo, tal quadro já estava várias cidades latino-americanas, onde até mesmo nos países desenvolvidos os índices de marginalidade, desemprego, etc., cresciam todos os anos, especialmente com o fim das garantias sociais, eliminadas pelo neoliberalismo.
Os imensos bolsões de pobreza dos países desenvolvidos agrupam, nos EUA, negros e imigrantes latino-americanos e, na UE, imigrantes das ex-colônias africanas e asiáticas das antigas potências (Reino Unido, França, Alemanha).
Tomando o caso norte-americano como exemplo, a taxa de pobreza das famílias negras de 30,6% em 1994, frente a 11,7% das famílias brancas. Isto sem se considerar