desigualdade social na saude
A desigualdade na saúde é um problema grave que atinge os brasileiros. Para se ter uma idéia no ano de 2007, no estado do Maranhão, havia um médico para cada 1,5 mil habitantes. Enquanto que em estados como o Rio de Janeiro e São Paulo, essa proporção era de um para 275 e um para 400 habitantes, respectivamente.
Essa distribuição desigual dos médicos pelo País é conseqüência da concentração dos serviços de saúde e das escolas médicas em regiões economicamente favorecidas. Existem hoje no Brasil cerca de 120 faculdades de medicina, 67% delas estão na região Sul e Sudeste, sendo que, dessas, 75% se encontram nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Segundo o pesquisador do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães da Fundação Oswaldo Cruz, Rômulo Maciel Filho, atualmente mais de 400 municípios no Brasil não contam com nenhum médico para atender a população, o que causa uma grande preocupação, uma vez que saúde é um princípio constitucional e um direito universal. As regiões norte, nordeste e centro-oeste são as que mais sofrem com a falta de profissionais de saúde.
Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde
Uma iniciativa do Ministério da Saúde durante os anos de 2001 a 2003 foi o Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (Pits), conduzido na gestão do então ministro José Serra. Em 2003, o Pits funcionava em 219 municípios do Nordeste, Centro-Oeste e Norte de Minas Gerais. Eram 254 médicos e 438 que atenderam mais de 2,4 milhões de habitantes.
O Programa foi criado no início de 2001 e tinha como objetivo levar médicos e enfermeiros a regiões que não dispunham de atenção à saúde, com altos índices de mortalidade infantil, malária, tuberculose e hanseníase. Os municípios beneficiados eram aqueles que tinham dificuldades em atrair profissionais de saúde para atender a sua população.O Pits também visava impulsionar a reorganização da atenção básica à saúde e fortalecer o Programa Saúde da Família (PSF).
Durante