Desigualdade segundo Rosseau
Rousseau tem a convicção de que o homem é bom por natureza, e em seu primeiro discurso afirma que os costumes degeneram à medida que os povos desenvolvem o gosto pelos estudos e pelas letras, neste novo trabalho procurará mostrar as causas desta degeneração. Segundo Jean Jacques o homem natural é bom, e no isolamento é igual a todo homem. É a partir do momento que resolve viver em sociedade que as desigualdades aparecem.
“Desigualdade Social, segundo Rousseau”
Para Rousseau a igualdade foi estabelecida pela natureza e a desigualdade pelos homens. Utilizando o Deus marinho Glauco como metáfora: “a sociedade degenerou o homem pelas suas constantes transformações”. Essa desigualdade é necessária para a ordem pública e a divide em desigualdade natural (física) e moral (política). A primeira estabelecida pela natureza demonstra a diferença de idade, saúde e qualidades da alma; a segunda depende de convenção, autorizada pelo consentimento dos homens, consistindo nos privilégios dos mais ricos, mais poderosos.
Rousseau afirma que a desigualdade tem as seguintes origens: divisão do trabalho, desenvolvimento da agricultura e descoberta da metalurgia. O cultivo das terras pelo homem provocou a repartição das mesmas e, assim, se desenvolveu a propriedade privada, que daria fim a tão estimada liberdade do homem.
Com a instituição da propriedade privada, o estado de natureza é substituído, então, pelo estado de guerra: preocupados mais em ter do que em serem, os homens começam a entrar em conflito uns com os outros. Surge a necessidade de se estabelecer regras e normas para controlá-los. É preciso, portanto, estabelecer o Estado e suas leis – início da sociedade. Segundo Rousseau, a desigualdade tende a se acumular. Os que vêm de família modesta têm, em média, menos probabilidade de obter um nível alto de instrução. Os que possuem baixo nível de escolaridade têm menos probabilidade de chegar a um status social elevado, de exercer profissão de prestígio e