Desigualdade de gênero

A desigualdade de gênero existe desde o primórdio da história, já que as mulheres das antigas civilizações eram submissas aos homens e tinham atividades exclusivamente femininas. Chico Buarque na música Mulheres de Atenas retrata bem tal submissão : ‘’ Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas/Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas/Elas não têm gosto ou vontade/Nem defeito nem qualidade/Têm medo apenas/Não têm sonhos, só têm presságios.” A inteligente ironia do texto, onde se lê “Mirem-se...” sugere-se que se faça o contrário, dessa forma, o texto é um hino contra a submissão das mulheres que se sujeitam às regras ditadas pelas sociedades patriarcais. Ao longo do desenvolvimento social, a perspectiva para construir a igualdade de gênero aumentou, porém essa igualdade é uma utopia, pois sempre haverá opiniões divergentes sobre a capacidade intelectual e física feminina e masculina. Prova disso é a declaração recente de um candidato ao senado nos Estados Unidos, que disse que as mulheres têm defesas biológicas para evitar a gravidez em caso de "estupro legítimo" .
Porém, mesmo em meio a tanta desigualdade, as mulheres obtiveram algumas conquistas significativas no decorrer das décadas, como em 1932, com a aprovação do Código Eleitoral que assegurava o voto feminino - o chamado sufrágio universal - e em 1951,em que a Organização Internacional do Trabalho aprovou a Convenção de Igualdade de Remuneração entre trabalho masculino e trabalho feminino para função igual. Todavia, a dificuldade de ascensão social feminina é incomparavelmente superior à masculina. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou o aumento das mulheres inseridas no mercado de trabalho, mas a pesquisa também revelou que a remuneração feminina é ainda 30% inferior à masculina em uma mesma categoria.
Alguma coisa, entretanto, já se modificou. Recentemente uma revista renomada elegeu as cem mulheres mais influentes no mundo Contemporâneo e o resultado trouxe