Designe de Interiores
R. O termo “Design de Interiores” é relativamente novo no Brasil. Foi oficializado no final da década de 1990, quando o Ministério da Educação e Cultura (MEC) lançou os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico – Área de Design. Até essa época a área era conhecida como “Decoração”, “Arquitetura de Interiores” ou simplesmente “Design”.
Em São Paulo, a primeira escola a ministrar cursos na área foi o Instituto de Arte e Design (IAD), fundada em 1959. Posteriormente, vieram a Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), oferecendo cursos de Graduação nas áreas de Design, os cursos Técnicos de Nível Médio, com a ETC Carlos de Campos e os cursos de Bacharelado em Belo Horizonte, Uberlândia e Rio de Janeiro.
Até os anos 70, o mercado ainda era dominado por profissionais do sexo masculino, arquitetos, designers de móveis e autodidatas. Esse profissional possuía grande conhecimento sobre arte, estética, tecido, mobiliário, antiquário, revestimentos, distribuição de peças e obras de arte, cortinas, tapeçaria, aplicação de cor, entre outras atribuições. Porém, ele quase não fazia interferência na arquitetura dos ambientes, como troca de piso e bancadas, que eram atribuições exclusivas do arquiteto. Sua tarefa principal era decorar o ambiente obedecendo a arquitetura existente. Muitos arquitetos, porém, não se envolviam com decoração, por considerar uma tarefa menor do que a arte de projetar.
Na década de 1980 prosperaram os cursos livres de Decoração de Interiores. Na virada do século, surgiram cursos de diversos níveis em quase todos os Estados brasileiros.
Atualmente, de acordo com levantamento coordenado pelo arquiteto Jéthero Cardoso, que é membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), há 182 cursos espalhados por todo o país, sendo 15 Bacharelados 77 Tecnólogos e 90 Técnicos de Nível Médio, sem falarmos na grande quantidade de