Design e teoria na primeira era modernista 1900-1945
# Design e nacionalismo
As desigualdades sociais vividas na Europa durante o período de 1900 a 1914 fizeram com que movimentos socialistas, comunistas e anarquistas ganhassem ascensão. Neste mesmo período a Alemanha e os Estados Unidos despontavam como novas potências econômicas. É diante deste contexto político e econômico que o nacionalismo ganha força e os conceitos de orgulho nacional e patriotismo como forma de representação máxima da Nação ganham ênfase.
Ao longo do tempo o nacionalismo foi perdendo a sua função de efetuar mudanças das classes mais baixas para as mais altas e a sua autoridade foi se concentrando no poder do Estado e é neste contexto que o nacionalismo tem exercido um papel fundamental na história do design.
Com o estímulo à concorrência criado pela expansão do capitalismo alguns países despertaram o interesse em coordenar as ações e produções de suas indústrias com o objetivo de obterem uma vantagem competitiva com relação aos seus concorrentes. Na Grã-Bretanha existia uma entidade privada que se destinava à promoção industrial e a integração de arte e indústria e em 1837 foi criada uma escola de design com o objetivo de melhorar os produtos britânicos e torna-los capazes de concorrer igualmente com os franceses.
Com o surgimento de novas opções internacionais de compra e venda as nações que não usufruíam do monopólio comercial foram obrigadas a buscar formas de obter vantagens competitivas para a colocação de seus produtos no mercado. Então, surgiu na Alemanha, em 1907, a Deutscher Werkbund (Confederação Alemã do Trabalho). Era uma organização pioneira no que se referia à promoção do design como forma de afirmação da identidade nacional. Para os criadores desta organização a padronização da técnica e da estilística daria aos produtos alemães a superioridade no mercado internacional; o design deveria ser usado como alavanca para as exportações e para a competitividade. Além da