Design dew vestuário íntimo
Júlia Carla de Queiroz1, Maria Alice Vasconcelos Rocha2
Introdução
A indústria do vestuário é um dos setores com maior potencial de crescimento em termos de consumo mundial e a indústria da moda uma das que apresenta maior incremento de interesse para a maioria das sociedades. Mesmo em mercados considerados maduros, como nos países da Europa Ocidental, o uso de tendências de comportamento aliado ao ciclo de vida de produtos dá suporte para a expansão dessa indústria. No entanto, um dos aspectos mais complexos tem sido definir os limites do que é a indústria da moda e do que é a indústria do vestuário. As expectativas dos consumidores e a gama de produtos no mercado parecem contribuir negativamente para essa distinção. Originalmente derivadas da indústria têxtil, a combinação de moda e vestuário criou um universo único e indissociável do ponto de vista do consumidor quando se investiga as roupas (ROCHA, 2007). Nas últimas décadas, a roupa íntima, ou “roupa de baixo”, tem apresentado um significativo uso de elementos com valor de moda, se tornando, em muitos casos, mais uma opção para “roupa de cima”. Mas, vale salientar que a roupa íntima guarda uma relação de muita proximidade com o corpo e com os aspectos físicos e fisiológicos. Para Rocha (1996), o vestuário íntimo feminino é aquele que se relaciona diretamente com o seu corpo, dando sustentação às mamas e protegendo a genitália. Por isto, essas peças devem estar adequadas às necessidades e ao corpo de cada usuária. A relação existente entre essas peças do vestuário e a mulher deveria ser completamente harmônica, mas alguns modelos ofertados no mercado parecem ser capazes de causar danos à saúde ou trazer alguns constrangimentos, como problemas posturais para mulheres de busto avantajado, ou expor partes íntimas num movimento brusco. É nesse contexto que o conceito de Ergonomia se insere ao estudo, ou seja, como a ciência que estuda o relacionamento