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1231 palavras 5 páginas
Tudo nosso, nada nosso

Não existe educação que funcione. Por isso o "rolezinho" não é em bibliotecas. Só não vale depositar a culpa no som que é feito na favela por Ferréz

Só não vale depois depositada toda a culpa no som que é feito no barraquinho da favela, a maldição é o funk falando de suas roupas e carros?

(na foto, o cantor MC Guime, ícone do funk ostentaçao)

Foi duro para ela ouvir aquilo.
- Você está com eles? Então Fora!
O policial gritava e empurrava.
Camila comprou o sapato na Santa Lolla em quatro parcelas. A blusinha foi na C&A, em três parcelas. A calça foi em mais parcelas, mas uma calça da Coca-Cola vale se apertar um pouquinho por mês.
Renato ficou puto: como pode aquele policial ter chutado sua perna se a alguns dias o vendedor da Brooksfield o tratou tão bem naquele shopping?
Brooksfield, marca que o cantor oriundo das periferias Belo usou durante anos, fazendo assim muitos jovens a desejarem pelas periferias.
Quando Renato foi entrar na loja, o gerente daquele horário olhou para o vendedor mais jovem e deu um sinal: era para atender o “mano”, forma como os periféricos são apelidados pelos funcionários. Diferente dos doutores e jovens ricos que frequentam a loja e quase sempre passam horas e compram somente uma peça, os “manos”, entram timidamente, são inseguros, vão direto para as camisas pólos e muitas vezes compram duas ou três peças.
Apenas dez minutos depois de entrar, Renato já está no caixa pagando duas camisas e uma bermuda. A menina do caixa parece legal quando ele diz que o pagamento é a vista e em dinheiro. Renato é acompanhado para fora da loja com o sorriso do vendedor que lhe entrega um cartão, o mesmo vendedor que também mora na periferia da Zona Leste.
Renato, que mora na Vila Calú, anda pela praça de alimentação e vai escolher onde comer seu lanche.
Dias depois Renato foi avisado de um “rolezinho” pela internet. A mensagem veio pelo Facebook.
Um “rolezinho” foi como os jovens

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