DESENVOLVIMENTO
O Inquérito Policial é assunto obrigatório aos acadêmicos do curso Direito, especificamente na disciplina de Direito Processual Penal, que tenta trazer a fundo todos os aspectos relacionados ao tema. A matéria também se torna objeto da atenção dos candidatos que aspiram ingressar nas carreiras do Ministério Público, bem como nos cargos relacionados à atividade policial, ambos em âmbito federal ou estadual.
Agregados a estes protagonistas ocorrem os Serventuários de Justiça, Advogados com pretensões a área criminal, futuros magistrados bem como acadêmicos que já estejam em atividade como escrivãs de polícia, peritos e todos os profissionais que gravitam em torno desse procedimento investigatório que se desenvolve nas entranhas do Poder Executivo.
Esta miríade de profissionais e operadores do direito já se apresenta como um público mais especializado, que merece um recorte na atenção que é dedicado ao público em geral. Quando observamos sob este prima fica claro que tal público tem a necessidade de obter acesso às informações relativas ao assunto, no caso Inquérito, e ainda um intercâmbio de informações; do ângulo do pólo gerador da informação a instituição emissora como do ângulo das pessoas que integram este público.
Observa-se com interesse e de longa data o embate entre duas correntes de pensamento que tem como objeto e objetivo o Inquérito Policial. Instrumento de investigação criminal que vem perdendo gradativamente força na linguagem dos operadores do direito, em especial representantes do Ministério Público, como o único mecanismo para apurar materialidade e autoria do fato típico.
No presente estudo, procura-se obter indícios, nas relações de poder que subsiste a linguagem utilizada no cotidiano e nos ambientes em que os operadores atuam e, eventualmente nos manuais direcionados aos futuros e atuais operadores do direito e lançando, na medida do possível, luz sobre a origem profissional dos doutrinadores e a forma ideológica ou isenta em que