A Iniciação Científica é uma experiência de pesquisa acadêmica desenvolvida por alunos de graduação da universidade, em diversas áreas do conhecimento. Em geral, para os estudantes que se dedicam trata-se do primeiro contato com a prática de pesquisa. Os alunos têm o desenvolvimento de seus estudos acompanhados por um professor orientador, ligado a um grupo de pesquisas da faculdade na qual o aluno estuda. As bolsas de Iniciação Científica (BIC) surgiram conjuntamente à criação do próprio Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 1951. Com o nome inicial de Bolsa do Estudante, pouco se sabe sobre elas na década de 50, a não ser que eram em número reduzido e que atendiam a apenas algumas áreas do conhecimento. A partir de 1963 já há registro do volume preciso de bolsas. Nesse ano, o total de BICs, para todo o Brasil, era de 140. Entre as décadas de 1970 e 1980, as bolsas de mestrado e doutorado tornaram-se prioridade para o CNPq, uma vez que o Plano Nacional de Pós-Graduação de 1975 tinha por meta titular 16.800 mestres e 1.400 doutores, entre os anos de 1975 e 1979. Essa destinação prioritária dos recursos para a Pós-Graduação acabou freando o tímido crescimento da oferta de BICs. Mas, de acordo com Cagnin e Silva (1987), ao contrário do esperado, essa redução na oferta de BICs, em benefício do aumento das bolsas de mestrado e de doutorado, pode ter aprofundado alguns problemas enfrentados pela própria pós-graduação no período, como o elevado tempo médio de titulação despendido por mestres e doutores brasileiros. Porém, ao final da década de 80, resgata-se o investimento nas BICs, principalmente com a criação, em 1988, do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), cuja novidade residia numa mudança de procedimento na distribuição das bolsas: agora são as próprias Instituições de Ensino Superior (IES) que devem se incumbir de gerenciar a quota de bolsas que lhes é repassada pelo CNPq. Conforme a