Desenvolvimento e Gestao Urbana
Ao longo do desenvolvimento da sociedade humana,o homem foi formando espaços distintos, realizando um ciclo de organização e evolução demográfica, social e econômica, se traduz no plano espacial por uma concentração de população, destinada à moradia e/ou ao trabalho. No entanto, a desordenada ocupação do solo urbano, reflexo da demanda de pessoas decorrentes do êxodo rural e da mobilidade social ocasionada pelas mudanças política-social-econômicas, é um dos problemas crescentes, em específico nas cidades brasileiras, onde práticas especulativas prevalecem sobre a função social do solo urbano.
Desta forma, a cidade se configura como condição, meio e produto da ação humana ao longo do tempo, formando um artefato bastante complexo. Considerando essa complexidade caracteristicamente peculiar ao ambiente da cidade, Spósito (1994, p. 32), afirma que “para entender a cidade, não basta apenas observá-la ou viver nela. É preciso verificar os seus movimentos, a sua geografia e sua história”. Compreender a cidade que vemos hoje necessita articular uma teia de fatores espaço-temporais que norteiam a sua evolução. As múltiplas temporalidades não ocorrem no ar, no vazio, mas, sim, sobre formas materiais, que por sua vez imprimirão registros, marcas no espaço cujos significados revelam um conjunto de pensamentos e práticas de uma determinada sociedade (CORRÊA, 1995).
Neste contexto, a cidade de Itabuna exibe características estruturais semelhantes às demais cidades brasileiras. Fundada em 1873, a partir de um entreposto comercial, está localizada no centro de uma região produtora de cacau, às margens do Rio Cachoeira, no Sul da Bahia, no Nordeste brasileiro. Possui área territorial de 443 km² e uma população estimada de 213.656 hab. (IBGE, 2009) residente, principalmente, na zona urbana onde “um crescimento populacional acelerado e fortemente concentrado na zona urbana, provoca sérios problemas habitacionais” (PREFEITURA MUNICIPAL ,2001, p. 01). O presente