Desenvolvimento turístico ou desenvolvimento local?algumas reflexões
No espaço geográfico está constituido o principal objeto de consumo do turismo. A utilização deste espaço ( o lugar turístico) existe em função da prática do turismo, que assim lhe dá uma existência, uma identidade própria.
Os núcleos receptores de turistas tem que implementar vários tipos de transformações sócio-espaciais, montando a estrutura em função da acessibilidade dos visitantes, desde a infraestrutura de hospedagem, da alimentação, lazer e de serviços em geral.
O turismo é capaz de reorganizar sociedades para que possa ser implantado por meio de políticas de desenvolvimento que redescobrem regiões classificadas como turistificáveis.
O Nordeste é um exemplo desta situação. Antes conhecida no cenário nacional como uma região de secas, miséria e flagelados. As ações políticas revalorizaram esta imagem mudando para valorizar a região como sendo turística e em ascensão. Ou seja, pode ocorrer de um espaço qualquer ser planificado, institucionalizado se tornando local turístico. Com a ação de iniciativas públicas e privadas, são criados territórios privilegiados, selecionados para utilização de seus recursos naturais.
No caso de Goiás destacam-se Alto Paraíso, Parques Ecológicos, Grandes Lagos, Rio Araguaia, entre outros..Outros territórios se destacam pelo turismo cultural e ou religioso como Pirenópolis, Cidade de Goiás e Corumbá, foram importantes núcleos urbanos no período áureo da mineração de ouro, no século XVIII, mas que hoje já não tem tamanha expressividade daquelas áreas nas quais exploram-se os atrativos naturais.
O propósito do artigo é apresentar alguns elementos para que seja refletido sobre as possibilidades de desenvolvimentos de áreas naturais, de áreas economicamente deprimidas, excluídas, vinculando-se as transformações das mesmas em lugares turísticos. O enfoque deste texto será tanto para a invenção destes lugares turísticos, as estratégias e suas