Desenvolvimento sustentável - um olhar crítico
A partir da reflexão advinda dos textos específicos indicados para o seminário, vamos discorrer sobre o chamado “desenvolvimento sustentável”, termo muito presente na atualidade, o qual faz parte do vocabulário corrente no ambiente acadêmico, político, corporativo e, principalmente, nos meios de comunicação de massa. Pretendemos abordar os elementos econômicos e ideológicos contidos no conceito de desenvolvimento sustentável.
O Trabalho irá trazer um breve histórico da exploração ambiental, seguido pela dissertação da Apropriação da Ecologia Pela Lógica do Mercado. Ademais, falaremos sobre a Mercantilização e Financeirização da Natureza, bem como propor uma reflexão final do Ideário Marginalizado ao Ideário Mercantilizado.
1. Breve Histórico
Para dissertar sobre os elementos econômicos e ideológicos contidos no conceito de desenvolvimento sustentável, é necessário um breve histórico do termo: o conceito de desenvolvimento sustentável tem suas raízes na década de 1970, onde se observava um crescente e desafiador movimento ecologista. Junto a isso, já se colocava na ordem do dia, nos países desenvolvidos, o problema da poluição, o qual ficava cada vez mais classificado como um inevitável efeito colateral do processo de desenvolvimento industrial e tecnológico, o que podemos verificar no histórico colocado por Sachs(2000, p. 118):
“a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo em 1972, durante a qual o 'meio ambiente' surgiu na agenda internacional, foi proposta inicialmente pela Suécia, preocupada com chuva ácida, poluição no Báltico, e os níveis de pesticida e metais pesados encontrados em peixes e aves. Uma assim chamada internacionalização massiva que estaria ocorrendo por mero acaso projetou sua sombra antes de seu surgimento: o lixo industrial escapa à sobra nacional, não se apresenta na alfândega, não usa passaporte. Os países descobriram que não eram entidades