Desenvolvimento sustentável em exploração e produção de petróleo e gás na amazônia
1. Histórico
Os primeiros levantamentos sísmicos na Amazônia, com o objetivo específico de encontrar gás natural e petróleo, são anteriores à criação da Petrobras em 1953.
O primeiro poço perfurado na Amazônia data de 1917 (PETROBRAS, 2002), e as primeiras descobertas não-comerciais em Nova Olinda, Autás Mirim e Maués (AM), de 1954 (PETROBRAS, 2007e). Entretanto, foi somente em 1978 que os trabalhos de pesquisa resultaram na descoberta de uma reserva de gás localizada no Juruá. O aproveitamento do gás encontrado não era viável à época, mas a descoberta estimulou as buscas pelo petróleo, provocando o crescimento destas na bacia do Rio Solimões. Inicialmente as buscas se concentraram a oeste da cidade de Carauari, pois não havia evidências de petróleo na região a leste da cidade. Outras descobertas foram feitas no mar (na plataforma continental do Pará) e em terra (campos de Igarapé Cuia e Lago Tucunaré, no Estado do Amazonas), porém até então nenhuma das descobertas apresentava condições comerciais (PETROBRAS, 2002). As buscas somente foram recompensadas quando foram expandidas para a região próxima ao Rio Urucu, em 1986, com a descoberta de reservas de óleo e gás em níveis comerciais no poço RUC-1.
Para a perfuração desse primeiro poço, os equipamentos seguiam de balsa, em viagens que duravam dez dias, a partir de Manaus, pelo rio Solimões até alcançar o porto fluvial de Urucu. Desse porto, centenas de vôos de helicóptero permitiram o transporte das peças para a montagem da sonda modulada, dentro da floresta.
2. O caso de Urucu
A descoberta de petróleo no poço RUC-1 foi um marco decisivo, motivando a perfuração de novos poços, que conduziram à descoberta de novos campos – Leste de Urucu (LUC-1987), Sudoeste de Urucu (SUC-1988), Carapanaúba e Cupiúba (1989) e Igarapé Marta (1990) (PETROBRAS, 2002). Ao conjunto desses campos passou a denominar-se Província Petrolífera do