Desenvolvimento organizacional e treinamento
Treinamento
Há pouco mais de dez anos, após o clássico estudo da Mckinsey sobre a guerra de talentos, as empresas começaram a atentar para aquilo que seria um dos seus maiores desafios nos anos seguintes: escassez de gente. Passado esse tempo, o que era tendência não só se firmou como realidade, mas trouxe também um outro peso para os gestores de pessoas — a formação desses profissionais.
Mais do que a falta de gente, o mundo do trabalho moderno passou a exigir competências que os profissionais não possuem. E cabe — cada vez mais — às empresas se virarem para tentar suprir essas lacunas. Uma pesquisa realizada pelo Economist Intelligence Unit (EIU), a pedido das empresas globais Dell e Fedex, com 192 executivos seniores da América Latina, mostrou o quanto as organizações vêm sofrendo com a falta de habilidades de seus funcionários — que vão das técnicas até as sociais. Segundo a pesquisa, pensamento crítico, comunicação oral e escrita e habilidades pessoais encabeçam a lista de qualificações que faltam nos países latinos.
As competências técnicas, como o domínio do inglês, da matemática e da tecnologia, também são deficiências costumeiramente encontradas pelos gestores de recursos humanos.
A fabricante de computadores Dell, por exemplo, não consegue muitas vezes completar suas vagas, pois não encontra pessoas com nível de inglês suficiente para os cargos.
“A procura pelo aperfeiçoamento da língua inglesa no Brasil tem aumentado, mas não na velocidade em que o mercado está demandando”, afirma Paulo Amorim, diretor de RH da Dell.
Para minimizar essa carência, a empresa tem aumentado as fontes de procura, baixado o nível de exigência da fluência e, principalmente, fornecido treinamentos internos.
Contra esse cenário desanimador, as empresas não têm muitas alternativas — precisam tomar o problema para si e criar mecanismos próprios para elevar o nível de seus funcionários.
Segundo 53% dos