Desenvolvimento Motor
Ao tratarmos do desenvolvimento gradativo dos padrões motores, convém lembrar que a meta principal do lactente é alcançar o desempenho motor maturo que caracteriza o adulto.
Especificamente os membros superiores precisam de coordenação para agarrar e manipular objetos e os membros inferiores para o apoio, o equilíbrio e a propulsão em segmentos distais fixos, em posição sentada ou em pé, num ambiente sujeito a leis da gravidade. São esses os principais desafios motores em termos de desenvolvimento motor, no decorrer do primeiro ano de vida. Eles exigem que a criança aprenda progressivamente a fazer uso das propriedades morfológicas da estrutura de segmentos interligados, tais como as propriedades geométricas e inerciais do sistema interligado, as características dos músculos (inclusive suas propriedades elasticoviscosas e as propriedades dos músculos bi e multiarticulares), tudo isso em relação aos diferentes contextos ambientais e as intenções do próprio lactente.
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Comportamento em Decúbito Ventral
Quando colocado em decúbito ventral, o lactente começa cedo (pouco tempo após o nascimento) a levantar a cabeça num ato protetor de desvio da cabeça que se destina a manter livres a boca e o nariz. Entretanto, o lactente apresenta melhor capacidade para levantar a cabeça quando mantido de encontro ao ombro da mãe ou do pai do que em decúbito ventral, demonstrando que, mesmo nessa tenra idade, o movimento se torna mais fácil diante de condições mecânicas ideais. O lactente que passa algum tempo exercitando-se em decúbito ventral desenvolve a força dos músculos extensores: a capacidade para extensão da cabeça e tronco se desenvolve rapidamente.
Dentro de poucas semanas ele é capaz de ativar os extensores do pescoço, e da porção superior do tronco com a força suficiente para poder erguer a cabeça e olhar em sua volta. Passadas mais algumas semanas, ele consegue levantar a cabeça e os ombros, apoiando-se sobre as